Estudo aponta Fortaleza como a melhor capital nordestina do Brasil para viver

O índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM) 2021 faz uma análise comparativa da evolução dos 100 maiores municípios brasileiros na última década

Fortaleza aparece como a primeira capital nordestina no ranking geral das melhores capitais do País para viver, segundo o índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM) 2021. O estudo faz uma análise comparativa da evolução dos 100 maiores municípios brasileiros na última década, e tem como base um índice sintético construído a partir de 15 indicadores, em quatro áreas: educação, saúde, segurança e saneamento.

Em 2021, Fortaleza figura como a 11ª capital no ranking, aparecendo antes de João Pessoa (12ª), Teresina (15ª), Salvador (16ª), Recife (17ª), Natal (18ª), São Luís (19ª), Aracaju (20ª) e Maceió (23ª).

O IDGM da cidade cearense foi de 0,630. O índice varia de 0 a 1, quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do município.

No ranking por região, o município cearense está em 4ª lugar do Nordeste entre aqueles com melhor IDGM, ficando atrás apenas de Petrolina (PE), Vitória da Conquista (BA) e Campina Grande (PB).

Educação

Os indicadores avaliados na pesquisa são referentes ao período de 2009 a 2019. Segundo o levantamento, em 2019, Fortaleza teve nota maior que a média dos 100 maiores municípios do País analisados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O avanço se deu pelo crescimento da taxa de aprovação e da nota média dos alunos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aponta a pesquisa.

O número de matrículas de crianças de 0 a 3 anos teve variação de 76,8% de crescimento entre 2009 e 2019. Já a estimativa de atendimento das crianças de 4 a 5 anos em pré-escolas de Fortaleza foi de 100% em 2019, maior que a média do conjunto de cidades avaliadas. A capital cearense tinha a 1ª melhor posição no indicador naquele ano.

Dados do Censo Escolar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foram analisados pela pesquisa.

Os dados da segurança baseiam-se no DataSUS e IBGE, assim como os da saúde, que também levam em conta o Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). Por sua vez, saneamento e sustentabilidade foram avaliados com base no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Saneamento e saúde

Fortaleza também aparece em 1º lugar em serviço de coleta de resíduos domiciliares, com 100% da população atendida em 2019. Em relação ao abastecimento de água, 75,4% estava coberta naquele ano, e 50% foi atendida referente à coleta de esgoto.

Na década analisada, a taxa de mortalidade infantil caiu 25% no Município. “O indicador de atendimento pré-natal melhorou no município entre 2009 e 2019. Em 2009, Fortaleza ocupava a 89ª posição, com uma proporção de 41,8% nascidos vivos com mais de sete consultas pré-natal. A variação do indicador no município entre os anos analisados é a 6ª melhor entre os 100 municípios”, diz a pesquisa.

Segurança

O levantamento ainda mostra que a taxa de homicídios em Fortaleza variou de 34,6 para 28,1 por 100 mil habitantes entre 2009 e 2019.

Em relação ao trânsito, “a taxa de óbitos no trânsito alcançou 7,2 por 100 mil habitantes em Fortaleza em 2019. Nesse ano, o município apresentou uma taxa menor que a média dos 100 maiores municípios do Brasil. Essa taxa situou Fortaleza na 15ª melhor posição entre os 100 maiores municípios em 2019”, revela o estudo.

A pesquisa está na sua 5ª edição. As 100 maiores cidades brasileiras avaliadas correspondem à metade do Produto Interno Bruto (PIB) do País. O intuito do estudo é revelar “aspectos importantes da qualidade de vida da população relacionados à oferta de serviços essenciais no âmbito das prefeituras, ainda que fornecidos por outros entes ou pela iniciativa privada”.

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