Crítica: Entre copos cheios e vazios, ‘Depois do Universo’ traz a urgência de viver o hoje

Compatibilidade no amor, isso existe?. Na produção original da Netflix, ‘Depois do Universo‘, estrelado pela cantora Giulia Be, eu primeiro papel como atriz, e Henry Zaga, conhecido por produções internacionais como ’13 Reasons Why’ e ‘Teen Wolf’, essa é a premissa da história.

A história narra a vida de Nina (Giulia), uma jovem pianista diagnosticada com lúpus – doença autoimune, e que luta desde a infância contra a doença. Esse é o ponto de partida do filme, e uma das primeiras cenas ela já conhece o seu médico, Gabriel (Henry Zaga).

Como todo clichê nos romances dramáticos, os dois se apaixonam e começam a viver a busca pelo transplante de rim de Nina. Em uma lição sobre ‘copos meio cheios e vazios’, Gabriel traz esperança, e Nina é a personagem realista e que já se acostuma com a ideia de fim da linha.

Em suas sessões de hemodiálise, Nina começa a acreditar que é possível ter uma vida ‘normal’ e que pode, sim, tentar a vaga como pianista na Orquestra Sinfônica de São Paulo – seu sonho desde criança, interrompido pela doença.

Para acelerar o processo do transplante de rim, Gabriel chega a fazer o teste de compatibilidade para tentar ser o doador de Nina, mas sem sucesso. A medida traz complicações para Gabriel, que chega a ser indiciado pelo hospital pelo seu caso com a paciente, o que faz Nina terminar seu até então rápido relacionamento.

Mesmo com a denúncia, Nina ajuda Gabriel, faz discurso emocionante para a alta cúpula do hospital, e ele mantém sua residência médica.

E para quem achou que o drama se encaminha para um final feliz, é hora de começar a pegar os lenços. Buscando honrar a memória de sua mãe em uma caminhada na montanha Universe Point, ele acaba sofrendo um acidente e cai do penhasco e, mesmo sendo resgatado pela equipe médica, não resiste e morre assim que chega ao hospital.

É importante trazer à tona a mensagem que o longa quer passar: a urgência de viver a vida. Enquanto a sentença de morte rondava Nina, quem morre – por destino ou azar, é o Gabriel. Mas, o que acontece com a Nina? Vivendo o luto, Nina e Alberto (pai de Gabriel) decide fazer o teste de compatibilidade com Nina e, tempos depois, ela faz o transplante e começa uma nova etapa em sua vida: a de pianista em uma Orquestra Sinfônica.

Análise final

Com roteiro clichê e boas atuações, o filme mescla humor, romance, boas histórias e trilha sonora de emocionar. Giulia Be, em seu primeiro papel como atriz, se sai muito bem. Sua química com Henry também é excelente, e é o ponto alto do filme. Além dos protagonistas, destaques para Isabel Fillardis, João Miguel e Viviane Araújo.

Nota: 9/10.

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