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Novembro azul: prevenção ao câncer de próstata

O mês de novembro é marcado pela campanha Novembro Azul, movimento mundial que reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, doença que afeta milhares de homens todos os anos e segue como o segundo tipo de câncer mais comum entre o público masculino no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país registra cerca de 71 mil novos casos por ano e mais de 16 mil mortes anuais em decorrência da doença. A maior incidência ocorre em homens acima dos 55 anos, e o risco aumenta com o envelhecimento e com o histórico familiar. Apesar dos números expressivos, quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem alta taxa de cura, superando 90% dos casos tratados no início.

“Prevenir é viver mais e melhor. O diagnóstico precoce do câncer de próstata faz toda a diferença no tratamento, mas exige que o homem supere o preconceito e procure o urologista assim que houver qualquer sinal ou risco”, destaca o médico urologista Pedro Filgueira.

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Nos estágios iniciais, o câncer de próstata costuma ser silencioso e não apresentar sintomas aparentes, o que reforça a importância do acompanhamento médico regular. Em fases mais avançadas, porém, podem surgir sinais como dificuldade para urinar, jato urinário fraco, aumento da frequência urinária; principalmente à noite, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, dor ou ardor ao urinar, presença de sangue na urina ou no sêmen e, em casos ainda mais graves, dores ósseas.

O diagnóstico é feito por meio da avaliação clínica realizada pelo urologista, que pode incluir o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico), o toque retal, essencial para avaliar o tamanho, a forma e a consistência da glândula, e, quando necessário, a biópsia, que confirma a presença de células cancerígenas. Homens a partir dos 50 anos devem manter acompanhamento médico periódico, e aqueles com histórico familiar da doença ou que pertençam a grupos de maior risco, como os negros, precisam iniciar a prevenção a partir dos 45 anos.

O tratamento do câncer de próstata varia conforme o estágio da doença e as condições de saúde do paciente. Entre as opções estão a cirurgia para retirada total da próstata, a radioterapia, a terapia focal, a terapia hormonal e, em casos mais avançados, a quimioterapia. Em situações de tumores de crescimento lento e diagnosticados em fase inicial, o médico pode optar pela chamada “vigilância ativa”, em que o paciente é monitorado de forma contínua, sem necessidade imediata de intervenção.

Mais do que uma campanha, o Novembro Azul é um movimento de transformação. Ele busca romper tabus, estimular o diálogo e reforçar que cuidar da saúde não é fraqueza, é um ato de coragem. Empresas, instituições e órgãos públicos em todo o país vêm aderindo à iniciativa com ações educativas, palestras e iluminação de prédios na cor azul, fortalecendo a mensagem de que o autocuidado masculino salva vidas.

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