Sistema de pagamento já tem mais de 400 milhões de chaves ativas no Brasil, de acordo com o Banco Central
Em operação desde o quarto trimestre de 2020, o Pix é o sistema de pagamentos do Banco Central que permite aos usuários, pessoas físicas e jurídicas, a realização de transações financeiras instantâneas. Há pouco menos de dois anos em funcionamento, já são mais de 400 milhões de chaves ativas no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo BC, referentes ao mês de fevereiro de 2022.
À medida que o sistema vai passando por novas adaptações, mais funcionalidades chegam para beneficiar pessoas e negócios. Na última sexta-feira(04) foram registradas 58,5 milhões de operações em tempo real. Os números são possíveis uma vez que Pix permite que sejam feitas transações financeiras através de um celular, tablet ou computador em tempo real, sem que o usuário pague tarifas ao realizar os pagamentos.
“Não podemos negar que o Pix foi incorporado à rotina do brasileiro, seja para transações comerciais ou pessoais, o método tem sido bastante utilizado no Brasil. Claro que não existem apenas vantagens na utilização do Pix, mas precisamos olhar também para as facilidades que ele trouxe. Do ponto de vista econômico, por exemplo, são muitos avanços e melhorias que hoje facilitam a realização de pagamentos”, pontua Marcos Sá, contador e especialista em finanças.
Para as empresas, uma das vantagens é o recebimento do valor de forma imediata, afinal, assim que o cliente efetua o pagamento, o dinheiro entra na conta vinculada do recebedor, ficando disponível para movimentação financeira, como saque e pagamentos. O sistema também permite a geração de QR Code para que o usuário faça o pagamento de forma rápida e direcionada, com todas as informações da transação.
Com a união entre as plataformas digitais e as facilidades para pagamento, a economia se movimenta de forma mais rápida. No Ceará, até agosto do ano passado, mais de 3,6 milhões de pessoas fizeram uso do Pix pelo menos uma vez, e cerca de 170 mil empresas formais utilizaram a tecnologia para transações comerciais.
No entanto, como frisado pelo contador Marcos Sá, apesar das facilidades comerciais, o Pix também tem suas desvantagens. Entre elas, está a impossibilidade de fazer pagamentos parcelados, o que pode dificultar a venda em estabelecimentos. Além disso, também é necessário que o aparelho eletrônico do usuário esteja conectado à internet para a realização das transações, o que ainda gera uma barreira para o uso da funcionalidade em determinadas situações.
“O Pix ainda é um meio de pagamento muito recente quando comparado a outras modalidades. Mas nesse período em que ele está em funcionamento, já constatamos a implementação de novas funcionalidades, como o saque de dinheiro em estabelecimentos comerciais, e também sabemos que existem novas possibilidades sendo estudadas, a exemplo o Pix por aproximação. Estas são algumas questões que vamos acompanhar ao longo de 2022 e podem contribuir para que o sistema fique mais robusto”, finaliza Marcos Sá.