Com uma participação notória no reality culinário MasterChef Brasil, Leo Giglio, o primeiro cearense a integrar a lista de participantes do programa, mudou sua vida já estabelecida para se dedicar a investir no ramo da gastronomia. Durante o programa, além de conquistar o paladar dos renomados chefs Érick Jacquin, Helena Rizzo e Rodrigo Oliveira com pratos deliciosos que lhe deram a vitória em três provas, Leo pode mostrar para o Brasil sua personalidade descontraída e seu jeito “gaiato” de ser.
Após sua saída do programa, que emocionou até mesmo o chef francês, Leo exerce a profissão de advogado e produtor rural, mas continua apaixonado pela cozinha, cozinhando entre amigos, alimentando o sonho de ter o seu restaurante um dia e descobriu seu forte potencial como comunicador a frente do seu programa culinário no YouTube chamado “Lambendo os Beiço”. Nos episódios, já recebeu convidados incríveis como Marcos Montenegro, Cleane Sampaio, Silvero Pereira, Morgana Camila e Waldonys.
Agora com novos planos em mente, Leo Giglio comenta as mudanças da sua vida proporcionadas pela culinária e o que o público cearense pode esperar no seu futuro:
1 – O MasterChef com certeza mudou a sua vida por completo. Você sentiu algum tipo de responsabilidade por estar, pela primeira vez na história do programa, sendo representante do Ceará?
Leo Giglio: Por mais que o programa seja uma competição individual, sem sombra de dúvidas senti muita responsabilidade por ser o primeiro cearense a participar do Masterchef Amadores, ainda mais porque as pessoas esperam um “cearense raiz” nesse tipo de programa, e nesse ponto é importante destacarmos que o cearense é divertido por natureza, não precisa do estereótipo caricato. Então eu assumi o risco de ser eu mesmo, o Leo que vocês assistiram no Masterchef é o Leo da Vida real!
2 – Durante o programa você demonstrou ser bastante ousado nas suas escolhas, mas sempre confiante. Existe algo que te assusta em se tornar um grande cozinheiro?
Leo Giglio: Entendo que o grande X da questão é saber lidar com pessoas, pois é impossível agradar a todos, e isso a gente também aplica na cozinha. Por este motivo eu defendo que, por mais que exista o tecnicamente certo e o tecnicamente errado, tem gente que só gosta de comer carne muito bem passada. Quem sou eu pra discutir sobre o gosto dela? A gente se esforça para servir o que é almejado.
3 – Qual a sensação de poder apresentar um programa só seu, o “Lambendo os Beiço”, fazendo aquilo que tanto ama?
Leo Giglio: O Lambendo os Beiço acaba por ser uma concretização daquilo que eu mais gosto de fazer: servir uma boa comida afetiva e extrair aquelas conversas que muitas vezes são esquecidas, conversar a respeito das entrelinhas da vida.
4 – Quem seria o convidado dos sonhos para receber no programa, poder entrevistar e experimentar a sua comida?
Leo Giglio: Poderia dizer facilmente 10 nomes aqui, pois eu tenho muitas pessoas como referência em diversas áreas da vida. No ramo da gastronomia eu gostaria de receber Alex Atala, uma lenda viva da nossa cozinha e que honra a cultura do Brasil.
5 – Existe alguma especialidade na cozinha ou curso que gostaria de realizar?
Leo Giglio: Com certeza gostaria de aprender mais técnicas dos clássicos. Gostaria muito que abrisse uma filial da Le Cordon Bleu aqui em Fortaleza. Somos uma cidade com potencial enorme para que isso aconteça, e certamente fazer o curso da mais renomada escola de gastronomia do mundo seria incrível.
6 – Se fosse abrir o seu restaurante, qual seria o Menu principal?
Leo Giglio: Isso é segredo, pois o projeto existe e tenho certeza que um dia irá se realizar. Mas o spoiler que posso dizer é: ainda irei fazer o Menu que eu imaginava para apresentar na Final do Masterchef, em que homenagearia o Ceará, sendo uma verdadeira viagem da praia ao sertão.
7 – Abrir um restaurante próprio é o seu grande sonho?
Leo Giglio: Lógico, acredita que essa é uma das grandes cobranças que me fazem? Gosto de dizer que é um projeto que ainda será executado. Já tenho ele todo projetado na minha mente, a estrutura, o serviço, os pratos, a decoração, até mesmo a pessoa que quero cantando em certos dias, porém hoje eu não consigo executar sozinho. Quem pensa que abrir um restaurante é simplesmente saber cozinhar está fadado ao fracasso. Um restaurante é gestão, dos mais variados tipos, gestão de colaboradores, sócios, insumos e principalmente gestão de clientes.
8 – Quais seus próximos planos na carreira gastronômica?
Leo Giglio: Na gastronomia em si, o Lambendo os Beiço superou minhas expectativas. Tivemos uma primeira temporada que ao meu ver foi incrível, eu me descobri como um cara que gosta de conversar e não fica “encabulado frente às câmeras”, e trazer essa viagem de boas lembranças ao meu convidado através de um prato de comida é algo que me realiza. Paralelo a isso, temos alguns parceiros que acreditam na figura do Léo Giglio como uma pessoa que representa as pessoas, nessa pegada descontraída de quebrar as barreiras do óbvio e que gosta de valorizar o simples, e isso aproxima o consumidor.
9 – Para finalizar, se só pudesse comer 3 comidas para o resto da vida, quais seriam?
Leo Giglio: Aí você quebra minhas pernas! Mas eu iria escolher o “pratin” porque ele vem tudo de mais gostoso que existe, pizza pra cota de besteiras e pra finalizar, um doce de leite!