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Aumento de casos de síndromes gripais traz alerta para cuidados com os olhos

Durante o início do ano, que coincide com o período de chuvas no Ceará, é natural que haja aumento nos casos de síndromes gripais. Neste ano, observa-se, principalmente, o número significativo de infecções pelo vírus Influenza. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), em dezembro, o Estado atingiu 174 casos confirmados de Influenza A. 

O vírus da Influenza é conhecido em três tipos: A, B e C. O tipo A pode ser classificado em subtipos: H1N1 e H3N2. A segunda variante, que possui sintomas semelhantes a outras síndromes gripais, como a Covid-19, é disseminada principalmente pelas vias respiratórias, mas é importante lembrar que os olhos também podem ser porta de entrada para o vírus.

“Os olhos funcionam como porta de contaminação desses vírus, devido sua comunicação com o nariz e por consequência, com a garganta. O vírus pode chegar ao filme lacrimal, onde é drenado e atinge o seio nasal, causando um quadro de infecção nas vias respiratórias”, alerta o médico oftalmologista e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Giuliano Veras. Além disso, a irritação ocular está entre os sintomas da doença.

A recomendação é que as pessoas se atentem aos cuidados com a higienização, principalmente das mãos, além de evitar o contato, como o hábito de coçar os olhos. E para aqueles que estão mais expostos a ambientes contaminados, como os profissionais da saúde, a atenção deve ser redobrada. O médico orienta que seja feito uso de óculos de proteção, além de evitar o uso de lentes de contato, para diminuir a manipulação dos olhos. 

“Para os pacientes diagnosticados com a H3N2, recomendamos usar lubrificante ocular, fazer compressas com água gelada e, o mais importante, evitar compartilhar objetos pessoais que tenham contato com os olhos, como toalhas de rosto e travesseiros, diminuindo as chances de proliferação do vírus para outras pessoas”, ressalta Giuliano Veras.

O oftalmologista esclarece ainda que as síndromes gripais geralmente podem ocasionar conjuntivite, que possuem aspectos mais leves, causando lacrimejamento excessivo, vermelhidão e coceira, que podem durar de sete a 10 dias. Neste caso, é importante que o paciente busque ajuda médica e não opte pela automedicação, sem a avaliação de um oftalmologista, já que isso pode ocasionar a cronificação da doença.

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