Especialista ressalta a importância desta campanha para a saúde dos recém-nascidos e das mães
O mês do Aleitamento Materno no Brasil foi instituído pela Lei nº 13.435/17 que determina que, no decorrer de agosto, serão intensificadas ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno, intitulado de Agosto Dourado. O mês é conhecido dessa forma por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação – a cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno.
Clarisse Vasconcelos de Azevedo, nutricionista e professora do curso no Centro Universitário UniFanor, esclarece que o leite materno é o alimento ideal para a criança em seus primeiros anos de vida. “Os benefícios do aleitamento materno são destinados desde à saúde da criança, pois protege contra doenças. A criança recebe os anticorpos da mãe, que o protegem contra diarreia, pneumonia e infecções, principalmente as respiratórias; o risco de asma, diabetes e obesidade é menor em crianças amamentadas; favorece o desenvolvimento físico emocional e inteligência; e fortalece os músculos da face, facilitando o desenvolvimento da fala, regulando a respiração e prevenindo problemas na dentição”, destaca.
Mas não é só a criança que é beneficiada pela amamentação: os benefícios se estendem à mãe. Entre eles, como frisa Clarisse, estão a prevenção de certas doenças, como câncer de mama, do ovário e do útero. Existe também o lado afetivo, bastante importante nestes primeiros momentos. “O aleitamento materno cria um vínculo entre a mãe e o bebê, proporcionando maior união entre eles. É um ato de interação entre a mãe e a criança”, ressalta a professora do Centro Universitário UniFanor.
Muitas mães de primeira viagem têm dúvidas sobre a coloração do leite materno. Mas Clarisse tranquiliza: todos são de boa qualidade. “A cor e a composição podem variar dependendo da dieta da mãe e também do estágio da lactação. Dessa forma, é adequado, possuindo macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras) e por micronutrientes (vitaminas e minerais), que modulam de forma nutricional balanceada o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido ao longo dos primeiros anos de vida, além de possuir fatores bioativos. O leite também contém linfócitos e imunoglobulinas, que ajudam o sistema imune da criança a combater infecções e as protegem contra doenças crônicas e infecciosas”, reforça.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a amamentação materna deve ser exclusiva em livre demanda – ou seja, sempre que a criança reclamar de fome, sem restrição de horário – até o sexto mês e complementada até os dois anos de idade. As informações sobre a prática do aleitamento materno devem ser repassadas às gestantes durante o pré-natal até o pós-parto. “Amamentar é um direito da mãe e ser amamentado é um direito da criança”, complementa Clarisse.